Tudo começou quando os portugueses chegaram as nossas terras, numa tentativa interesseira de se apossarem de territórios alheios. A reação dos índios, de início, não foi das mais amigáveis, porém logo foram amansados por ganharem “presentes”, objetos jamais imaginados por eles. Isso foi continuando... O brasileiro se acostumou com os favores, com os meios mais práticos de conquistas e de influencias, esquecendo um pouco da honestidade para atingir qualquer ideal.
Estamos em 2011, século XXI, há mais de quinhentos anos da descoberta do Brasil, mas ainda continuamos a cultivar o velho “jeitinho brasileiro”, prático e preciso (na maioria das vezes). Talvez essa seja uma característica marcante nossa, e que será passada de geração para geração...
É por certo revoltante, mas só sentimos isso quando somos atingidos diretamente por atos corruptos, que sabemos não poder resolver, já que é tarde demais e “andorinha só não faz verão”. Virou cultura. Usar métodos desonestos para atingir metas, é comum, muitos acham até correto, alienados não percebem que são atingidos por isso.
Certa vez ouvi um professor falar que isso é culpa nossa, de todos, que não movemos um dedo na busca de melhorar qualquer situação nesse país, há ressalva para os que querem, e de imediato, são rotulados de loucos, radicais, revoltados, e desocupados (para não usar outro termo). Outra vez vi na TV um entrevistado que dizia o mesmo, só que com outras palavras, enfatizando que enquanto nos negarmos a tentar resolver os problemas que nos cercam, mesmo quando parecem impossíveis, criticando os que tentam fazer algo, que ajudará todos, e ainda quando preferirmos ficar em casa assistindo as notícias desastrosas, e apenas reclamando, nada mudará. Concordo com os dois, mas acrescento que viver aqui em meio a escândalos, corrupção, brincadeiras com o povo, é de provocar em qualquer ser humano, por mais centrado e idealista que seja um arrebatador desanimo e descrença no futuro dessa nação.