sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Comentando


    Não tenho nada contra o forró. Pelo contrário, danço e até escuto algumas vozes que me agradam, nesse estilo musical que vem crescendo e sendo modernizado (até demais). É um ritmo interessante, chamativo, histórico, além de ser tipicamente nordestino.
    A questão não é o estilo, são suas composições. Aliás, onde estão os autênticos e sábios poetas forrozeiros? De canções significativas, de versos sábios e melódicos? Estão escondidos por trás da autenticidade. O sucesso, para esses, parece que foge, mas se dirige loucamente para os que se dizem compor, escrever... É algo ilógico, imoral, um jogo de palavras sem nexo, sem sentido, e nem um pouco de sensibilidade, as letras glorificam o consumismo, a bebedeira, o sexo descompromissado, o comportamento anárquico.  O pior: tudo isso faz sucesso. Não se sabe se é ou o que se quer sentir, ter, fazer, cantar. Parece se unir o útil ao agradável: as ociosidades, tanto de quem escreve quanto de quem escuta, canta, reproduz.

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