segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

QUANDO O POVO QUER - Por David Junior


    Já vi e ouvi muitas pessoas criticarem as músicas que vêm tomando conta das paradas de sucesso nos últimos anos. Concordo, são péssimas. Mas o que me chama mais atenção é a aceitação por parte da sociedade. Parece se unir o útil ao agradável.
     
    A questão não é musical, nem tão pouco pessoal – até porque cada pessoa tem um gosto diferente – é filosófica. Não tem jeito, não se tira nada que se aproveite dessas músicas – exceto as mulheres em poses para lá de excitantes... Parece que os compositores não pensam antes de escrever, é como se estivessem perdidos às margens da verdadeira concepção musical.  Não há sentido, não há essência, não há mensagem, não há...
    
   Há mercado, é fato que se não há quem escute, não há quem venda, quem produza. A sociedade aceita tais composições com tanta normalidade que pode se tirar através disso um retrato da ignorância social que enriquece um ou outro construtor de versos sem nexo.
     
    A aceitação é tão grandiosa que por mais que você fuja da poluição auditiva e mental, mais ela se situa no seio da sociedade. Onde você esteja será obrigado a ouvir gloriosas aberrações.
     
    Tornou-se um vício popular. As letras traduzem uma concepção da sociedade, que é difícil de definir...

Um comentário:

  1. " A música é o alimento da alma," Está frase nas entrelinhas do livro : " O ÚLTIMO TANGO EM PARIS.", Você já assitiu?

    David - quanto ao rolar das músicas, você como futuro psicólogo, pode descobrir personalidades e o comportamentos pela qualidade de música de alguém.
    Pode sentir também n contexto geral, que somos um país com mais 90% da população pobre e paupérrima, então, o nível de pobresa se mede pelo grau de estudo, ainda existem muitos analfabetos e sime-analfabetos. Por exemplo no show da virada,REDE GLOBO, pra quem entendeu quem brilhou foi o cearense BELCHIOR, quando Zé de Camargo cantou com aquela jovem grávida, " COMO NOSSOS PAIS", ali é uma canção belíssima, somente um grande ceaense como Belchior, teve essa sensibilidade e esse vôo de águia que vai de encontro a realidade e ao cotidiano.
    Outros tem a mente tão curta, se o refrão da música mesmo sendo uma coisa tola, reptir 3 vezes, ali já é sucesso, satisfaz o seu ego.

    ResponderExcluir