Então eu grito.” (Clarice Lispector)
Nos sites que costumo acessar tenho me deparado com várias matérias sobre protestos. Isso me admira. Há tempos os brasileiros estavam quietos, mas parece que o espírito revolucionário das décadas de 80 e 90 ressurgiu nos cidadãos desse país. As reivindicações são várias e velhas conhecidas, que agora parecem chegar aos seus limites, substituindo por tanto, o diálogo por manifestações populares.
Os movimentos assemelham-se aos famosos “Diretas Já” e “Impeachment de Collor”. Faixas, panfletos, cartolinas, camisas, carros de som, etc. – dão um ar mais chamativo aos eventos. A polícia tenta conter os ânimos, às vezes com brutalidade, arrancando do povo gritos que perguntam onde está a liberdade de expressão e de escolha, assegurada aos brasileiros na Constituição de 1988.
O que me chama mais atenção é o número de jovens, que se engajam e tomam a frente dos protestos, mostrando que o país tem dono – e ele nada mais é que o povo – insatisfeito com situações que apenas são alvo de promessas em anos eleitorais. Parece que o povo brasileiro não quer mais esperar a boa vontade dos políticos por uma Educação de qualidade, por Saúde, Segurança, Emprego, qualidade de vida, e a extinção do que nos deixa mais indignados, a Corrupção.
Ficar calado e aceitar o que não nos agrada não são a melhor saída. As imposições merecem contestações, sejam elas construtivas ou não.
Os protestos populares me alegram pela essência das reivindicações, pelo movimento das massas, pelos impactos ideológicos que causam. E enquanto o cidadão não for respeitado, o protesto falará por ele.
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