terça-feira, 24 de maio de 2011

ISSO É SEU, NÃO É?


   Diz o ilustre escritor brasileiro Millôr Fernandes: “Cada ideologia tem a inquisição que merece”. Pois é companheiros, foi-se o tempo em que política era sinônimo de ideologia, que os cidadãos escolhiam seus representantes pelos objetivos que eles apresentavam, e que de uma forma ou de outra os sonhos se realizavam.
    Quando se está próximo de anos de eleições é costumeiro nos depararmos com situações constrangedoras, sejam em jornais, panfletos, rádios, e até na internet.  É fácil encontrar por aí alguma coisa relacionada à política, porém é difícil encontrar as famosas ideologias – que tanto fizeram sucessos nas décadas de 80 e 90. O que se vê, e muito, são discussões via escrita ou até mesmo falada que defendem abertamente interesses próprios como cargos de confianças, empregos, ou qualquer outro tipo de promoção.  As “brigas” chegam a níveis baixíssimos de acusações e defesas, deixando de lado a moral e a ética em busca de status diante daqueles que detém ou sonham deter os poderes em suas mãos.
    A luta pelas “Diretas já” talvez tenha sido apenas um projeto inovador, de uma juventude cheia de esperança em um Brasil assolado de problemas e extinto de oportunidades. O voto tão cobrado e querido pelo povo a época perdeu o seu valor, sendo substituído pelo famigerado jogo de interesses.
    Certa vez ouvi alguém dizer que o brasileiro, por natureza, não dar valor ao que tem – quer, luta, conquista, usa, depois deixa para lá – quando quer de volta já não se pode ou não se tem a mesma valia de antes. E analisando bem essa frase chega-se a conclusão que a maioria de nós tem essa característica, e não é legal levarmos adiante.  

    Parafraseando o inesquecível Cazuza " Ideologia, eu quero uma para viver!".

David Junior/ Estudante

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